Carlos Lima
O resultado das eleições mostrou que os santos andaram operando milagres em Macapá. O que era difícil de acontecer, mas que já havia sido previsto por alguns membros do PSB, acabou virando realidade. Das 11 capitais - que decidiram as eleições em 2º turno - Macapá foi a única a apresentar uma virada. Com 100% das urnas totalizadas, o TSE informou que Roberto Góes obteve 91.558 votos, contra 85.659 de Camilo, que passou a campanha inteira seguro da vitória. O resultado energizou os conflitos dentro do partido derrotado. De um lado, aqueles que cercam o ex-governador, João Alberto Capiberibe, e que também aceitam todas as suas imposições. Do outro lado, os dissidentes – que resolvem se pronunciar publicamente contra o isolamento político do PSB. No meio desse fogo cruzado não se sabe quem é vilão e quem é moçinho. Uns se escondem e outros aderem ao exibicionismo.
A essa altura, ‘o vidente’ Ruy Smith comemora por ter acertado a previsão. Desde o início, ele vinha afirmando que a candidatura de Camilo foi um erro. Ele diz que para administrar uma cidade é preciso ter currículo, e isso Camilo não tem – pois nunca administrou absolutamente nada. “Já que foi decidido por uma candidatura própria, pelo menos deveria ser lançado o nome de Cristina Almeida - que há dois anos teve um embate forte com o José Sarney e que poderia mobilizar o interesse da população”, opinou
