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Macapá, Amapá
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Curso de Formação de Sargentos

Família pede afastamento de oficiais responsáveis por morte de cabo


Para a irmã, Ivana Brito, alguns oficiais envolvidos no Curso não são dignos de usar a farda da corporação.

“Instrução sim, homicídio não”. Foram mensagens como essa, que os familiares e amigos do cabo do Corpo de Bombeiros, F. Brito, morto em instrução de mergulho na semana passada, usam para expressar a indignação. Eles se reuniram, ontem (24), em ato público em frente ao quartel do Corpo de Bombeiros Militar do Amapá e fizeram críticas diretas a oficiais da corporação e aos coordenadores do Curso de Formação de Sargentos, do qual F. Brito fazia parte. Na visão da família, a morte do cabo não foi uma fatalidade, mas sim resultado de imprudência, de maus tratos e humilhação.

Familiares levaram faixas e cartazes com várias mensagens de protesto e clamaram por justiça, pedindo afastamento dos responsáveis pelo incidente. Para a irmã do cabo, Ivana Brito, a farda do corpo de bombeiros não pode ser usada por pessoas que usam o poder que têm sobre a fraqueza de outros. Ela se referia a supostas ofensas e humilhações do tipo, “Seus covardes, fracos”, direcionadas aos 35 alunos do curso de sargento. Ivana voltou a dizer que todos estavam debilitados e se alimentando a base de macarrão instantâneo uma vez ao dia.
Um dia após a fatalidade, o comando solicitou a autoridade policial a instauração de inquérito para apurar possíveis irregularidades. Até agora, ninguém foi indiciado. O que se sabe é que Edson Ferreira Brito, 36 anos, morreu quando realizava transposição de rio com cabo submerso, sendo que 34 alunos do quadro de combatentes fizeram o mesmo exercício na localidade de Curralinho. F. Brito sofreu exaustão no momento do treinamento e afundou na água. Seu corpo só foi resgatado minutos depois já sem vida.

Durante a manifestação, o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Giovanni Tavares, recebeu representantes do movimento para uma conversa informal a portas fechadas, e não quis falar com a imprensa. Apenas mandou dizer que o inquérito está sendo acompanhado por um major/CBM, que também foi procurado, mas não foi encontrado.

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