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Macapá, Amapá
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“O estado dela era pavoroso”, diz pai de menina estuprada e morta em STN


Pâmela Baía foi encontrada morta com marcas nas costas, cabeça, braços e mãos. Camila Dayane estava sem uma parte do rosto e com a orelha esquerda arrancada. Ela também possuía cortes nas pontas dos dedos

“minha filha estava em estado pavoroso”. No último domingo (12), um crime bárbaro chocou a cidade de Santana. A polícia concluiu que as primas Pâmela Baía da Silva, de 9 anos, e Camila Dayane Santana, de 10, foram abusadas sexualmente antes de serem afogadas. O amigo da família, João da Silva Gaia, de 46 anos, foi indiciado por duplo homicídio culposo, ou seja, sem a intenção de matar. Restou, porém, uma grande incógnita no caso: quem as estuprou? As duas foram encontradas na região do “Mata Fome”, riacho ligado ao Igarapé da Fortaleza na noite de domingo. A perícia preliminar comprovou que as duas foram submetidas a coito anal forçado. Declarações do pai de Camila retratam bem o grau de perversidade dos criminosos.

Quem achava que o caso estaria encerrado com a prisão de João Gaia, se engana. A revelação feita ontem pelo delegado presidente do inquérito, Francisco Sávio, da 1ª DP de Santana, mostra que a polícia ainda tem muito a apurar sobre esse crime. Segundo Sávio, ainda não existe autoria para os abusos sexuais. O delegado afirma, ainda, que ainda é cedo para conjecturar, no entanto acredita na hipótese de que mais pessoas estejam envolvidas. Exames preliminares feitos por perícia não encontraram sémem nos corpos das vítimas, portanto, não é possível fazer comparações de DNA. A polícia aguarda o laudo com o resultado da necropsia.

Corpos

Pâmela Baía foi encontrada morta com marcas nas costas, cabeça, braços e mãos. Camila Dayane estava sem uma parte do rosto e com a orelha esquerda arrancada. Ela também possuía cortes nas pontas dos dedos. Segundo a Polícia Técnico-científica, está comprovado que a causa de ambas as mortes foi afogamento, porém não se sabe em que circunstâncias elas ocorreram. Pai de Camila, Ronaldo Miranda de Freitas, de 38 anos, disse que está perplexo e classificou o ato como desumano. “Não vou sujar minhas mãos. Só quero que a polícia cumpra e lei e investigue. Queremos justiça. Sabemos que ele levou elas já com más intenções, e eu acho que existe mais um comparsa”, afirmou.

O aliciador

João da Silva Gaia, “o Aliciador”, morava na casa dos pais de Pâmela a cerca de um ano. Um acordo de divisão de despesas entre ele e o padrasto da menina permitiu que a relação entre criminoso e vítima se estreitasse ainda mais. Com promessas de que ganhariam presentes, as duas foram seduzidas por João a ir ao balneário do Abel por volta de 15h de domingo. João Gaia chegou a falar para a mãe de Pâmela que levaria as meninas de bicicleta àquele local, porém não foi autorizado. Ele nega o estupro, mas não conseguiu se livrar da acusação de homicídio. Pelo fato de ter aliciado as meninas e as levado até o balneário foi indicado por “crime sem intenção” e já está atrás das grades.

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